Rótulos de cerveja – histórico drei Adler

Boa noite, gente!

Como havia prometido na semana passada, continuo falando de rótulos de cerveja, agora contando um pouco da história de nossos rótulos da cervejaria. Todos os rótulos que coloquei para vocês, na última semana, serviram de alguma forma como inspiração para compor os nosso rótulos.

Nos primeiros rótulos, buscava ressaltar algumas decisões que tomamos ao iniciar nossas cervejas: todas elas teriam “nome e sobrenome”: além do nome do estilo, habitualmente baseado no BJCP, teriam um sobrenome interessante, um trocadilho, ou alguma brincadeira com o próprio estilo. Além disso, procurava utilizar ilustrações interessantes para ressaltar alguma característica relacionada à cerveja. Neste princípio, escrevia o nome da cervejaria ainda como 3 adler (ao invés de drei Adler). Não tinha explicado ainda, mas nosso nome significa três águias, em alemão – em outro momento explico de onde vem o trocadilho. Voltando aos rótulos, tentava ainda ressaltar características relevantes da cerveja com uma ilustração de fundo, de baixo contraste, para compor o rótulo. Além de rótulo, tínhamos contra-rótulo, com instruções ou curiosidades da cerveja, além de ingredientes e do nosso nome. Admito que esta primeira tentativa era ainda muito primária, básica, e relativamente poluída. Estávamos ainda no ano de 2009.

Na metade de 2010, comecei a me incomodar com esse rótulo. Buscando inspiração em rótulos importados, diferenciados, e me preocupando com áreas em branco, leveza, e outras características muito utilizadas em vinhos, propus mudanças drásticas: primeiramente pela marca, dando um logotipo para a cervejaria mais sério, com fonte clássica e extensões dos tipos mais focadas; nos rótulos, utilizei-os em proporção horizontal privilegiada, para que pudesse colocar as informações sobre os estilos, além das ilustrações que faziam parte do principal foco do rótulo; além disso, utilizava uma moldura, que contornava e dava ares interessantes ao rótulo. Esta opção ficou bastante refinada, bonita, mas gerava um problema: a impressão digital é bastante cara, e não conseguia fazer um rótulo à preço acessível e, ao mesmo tempo, com qualidade. As letras pequenas dos rótulos eram quase ilegíveis, não cumprindo sua função básica de comunicação. Começamos a utilizar um elemento interessante também para algumas cervejas: revestimos elas com papel jornal, tentando um efeito semelhante ao dado em cervejas belgas como a Bacchus Kriek, que citei no post passado.

Mas, como eterno descontente – sim, quase um narciso persona non grata – iniciei 2011 com a meta de atualizar, mais uma vez, os rótulos da cervejaria. As mudanças, desta vez, foram radicais em termos de informação, mas os elementos do layout continuam bastante semelhantes. Optei por retirar as informações complexas, deixando os elementos relevantes da cerveja/estilo em palavras-chave. Para os mais avançados no mundo cervejeiro, a referência servia para saber em que se baseava a cerveja; para os iniciantes, os principais pontos que deveriam ser observados ao degustar a cerveja. O resultado foi bastante interessante: combinado ao cap metálico, deu às cervejas um acabamento de primeira! Fiquei muito feliz, e hoje julgo termos rótulos de alta qualidade, que transmitem o tipo de cervejas que oferecemos.

Minha contribuição para esta semana é essa, gente! Semana que vem teremos mais.

Cheers!

Crédito das fotos: Imperial Stout e Dubbel by Felipe Aguillar.



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