Festival Brasileiro – Parte II

Robust “Chocolate” Porter

Continuando a série de posts de cervejas que levaremos ao III Festival Brasileiro da Cerveja, hoje falaremos de uma Robust Porter, produzida com Nibs de Cacau.

Nibs?! Não, não são grãos de café ao lado, e sim Nibs de Cacau. Nibs são, basicamente, as sementes do cacau desprovidas das cascas, tostadas e quebradas em alguns pedaços. Apresentam um aroma intenso de chocolate, lembrando os chocolates com ±90% cacau. Quando moídos, eles formam a base da mistura para a fabricação do chocolate (pois o restante dos chocolates é basicamente açúcar aromatizado, gordura e/ou derivados do leite).

O estilo Porter é dividido pelo BJCP em: 12.1 Brown Porter, 12.2 Robust Porter e 12.3 Baltic Porter, sendo em ordem crescente de potencial de aromas/álcool. O estilo Porter difere das Stouts por apresentar “menos” aromas de torrado, apesar de isso ser bastante subjetivo – encontra-se Stouts menos torradas e Porters bastante torradas, como as Imperial Porters. Além disso, acrescentaria que as Porters são da cor rubi avermelhado intenso, além de levemente mais adocicadas (maior densidade final) que as Stouts.

Receita

Como malte base utilizamos o Malte Pale Ale, e 1/3 do peso do malte base utilizamos Malte Munich. Para complexidade de maltes caramelos, optamos por Caramunich na proporção de 6 a 9%, complementados por dois maltes especiais: Malte Melanoidina e Biscuit, ambos na mesma proporção entre 3 e 5%. A cor é fornecida pela Cevada Torrada, que também adiciona um sabor Nutty bastante interessante, e ainda pelo Malte Chocolate, ambos entre 2 e 3%. Cuide para a cor não ficar muito escura!

Nossa cerveja não ficou exatamente dentro do estilo proposto pelo BJPC. Ela acabou ficando no limite superior da densidade inicial, e no limite inferior para o amargor do estilo. Isso se deve ao fato dos Nibs de Cacau adicionarem um sabor mais seco à cerveja, além de não querermos que a cerveja fique muito amarga e com um apelo maior ao Chocolate.

Os lúpulos utilizados foram Fuggles e Magnum, sendo o primeiro para First Wort Hopping e Amargor; o segundo aos 30 min de fervura.

Sem maiores complicações na mostura, fizemos todas as etapas como de costume: iniciando a 40ºC, subindo para 50ºC, realizando a sacarificação em 65ºC (pois o Fermento London ESB tende a não baixar tanto a FG, e queríamos ver até aonde o fermento chegaria com um mosto mais fermentável) e finalizando com o mashout a 75ºC.

Para complementar, acho muito interessante esse desenho para o rótulo da cerveja, vamos ver se o Diogo consegue trabalhar algo em cima dele! Comentário do Diogo: o Daniel adora essas ilustrações malucas! :)

Essa cerveja será servida especialmente durante o Festival Brasileiro da Cerveja, tema de todos estes posts. Não esqueça de fazer uma visita ao estande da drei Adler e provar algumas de nossas cervejas. É garantia de satisfação à todos!

Cheers!

 

 

 

 

 

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2 Responses to “Festival Brasileiro – Parte II”

  1. Horácio horacioweb@gmail.com
    September 23, 2011 at 22:04 #

    opa Daniel, primeiro parabéns pelo blog e espero em breve parabeniza-lo pelas cervejas também :) vou ver se consigo ir no festival esse ano também (vocês estavam no ano passado?) para poder experimentar suas crias! Me diga uma coisa onde eu encontro os nibs cacau de cacau para comprar?

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