Festival Brasileiro – Parte V

Nossa, já estamos falando da quinta cerveja! Vamos lá então.

Munich Helles

Chegando a nossa penúltima leva do Festival Brasileiro, falaremos um pouco sobre um estilo de cerveja com alta drinkability, sem perder características suaves de malte e lúpulo. Lembrando do evento do ano passado, com toda a certeza foi a cerveja mais consumida no nosso estande (para resolver este problema estamos bem preparados este ano, com chopeira e tudo).

Estilo

Helles é um estilo de cerveja bastante difundido na Alemanha. O próprio BJCP diz que o estilo surgiu em resposta a criação das Pilsners da Republica Checa. É uma cerveja bastante suave, mas com presença de malte e lúpulo. A melhor frase que vi para a descrição do estilo é

Mug“Helles é a resposta da Bavária à liberdade, à descomplicada, à saborosa e cuidadosamente forma de produzir cerveja artesanal que é consumida de forma regular pelo público em massa”.

Na verdade se trata de uma cerveja com personalidade e com uma drinkability altíssima, devido a sua refrescância, seu caráter limpo e sutis notas de malte e lúpulo. Sua origem remete à cervejaria Spaten, da Alemanha, que buscava criar um estilo mais maltado que as Pale Largers (cervejas larger comerciais).

Ingredientes

A receita de uma Munich Helles pode ser muitas vezes simplificada apenas utilizando Malte Pilsen (normalmente de origem alemã). Optamos por utilizar este, associado a dois maltes para fornecer leves características. Um deles foi o Malte Munich, recomendado na faixa de 10 a 15%, enquanto o outro foi o Malte Melanoidina, utilizado em menor escala, cerca de 2 a 5%. A modificação da receita deste ano foi o aumento da quantidade de Malte Munich (utilizamos o mínimo recomendado no ano passado e o máximo esse ano) e a diminuição da quantidade de Malte Melanoidina (utilizamos o máximo recomendado ano passado e o mínimo este ano), visando uma cerveja mais seca e com menos notas de Malte Melanoidina.

Na parte de lúpulos a receita é mais simples: tradicionalmente usa-se o lúpulo Spalt, que é uma variante do lúpulo Saaz, ou então qualquer outro lúpulo Alemão. Por não termos o Spalt disponível, optamos por utilizar Hallertauer Perle para amargor e Hallertauer Perle e Hallertauer Tradition para aroma. A utilização de lúpulo de aroma no estilo deve ser feita com cuidado, já que a recomendação é de baixa a moderadamente baixa, para isso ficamos na casa de 0,3 a 0,5 gr/L (na soma dos dois lúpulos de aroma) quantidade relativamente baixa.

O fermento recomendado é Lager – apesar de termos poucas produções de Lagers, esta foi uma delas. Não produzimos Lagers frequentemente por alguns fatores: não conseguimos resfriar até a temperatura ideal de inoculação (quanto mais próxima da temperatura de fermentação melhor); a quantidade de fermento utilizado precisa ser o dobro de uma produção Ale (boa multiplicação ou grande quantidade de pacotes de fermento); além do controle ideal da temperatura de fermentação, que deve variar o mínimo possível. Utilizamos o fermento W34-70 da Fermentis, que já havia sido previamente utilizado em um teste, na temperatura de 9~10~ºC por 2 semanas.

Atualmente, temos cerca de 45~50L estão maturando a 0ºC para colocar em post mix e levarmos para o Festival Brasileiro, enquanto os 30L restantes serão engarrafados em garrafas de Champagne 750ml e irão receber um belo rótulo!

Até a última postagem de levas para o Festival!

Cheers!

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One Response to “Festival Brasileiro – Parte V”

  1. wiliam
    November 2, 2011 at 18:51 #

    Bom dia, o evento vai ser quando e onde este ano ?
    Qual o percentual do álcool na sua helles ?
    um abraço.
    Prost !

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