Festival Brasileiro da Cerveja 2013 – drei Adler/Random project – Parte 2

Continuando, segue o segundo post do Festival Brasileiro da Cerveja de 2013. Falaremos sobre uma Imperial Stout com Funghi Secchi e da nossa Flanders Red Ale.

Mush Imperial Stout

Imperial Stouts já se tornaram cervejas bastante conhecidas no nosso dia a dia, principalmente depois Pretoleum, que virou Wäls Petroleum na parceria entre o pessoal da Düm e da Wäls.

O estilo não é muito difícil de se produzir, pois a variação de álcool é ampla, assim como suas características de amagor. Além disso, harmoniza muito bem maturando em barris de madeira, como foi o caso da nossa primeira Imperial Stout.

Até que me provem do contrário, comecei a elaborar as nossas levas com receitas mais simples, diminuindo a quantidade de maltes especiais. Algum de você tem relatos de cervejas mais complexas com 7 ou mais tipos de maltes? Nós notamos que a diferença é pequena. Veja a nossa receita abaixo:

Mush Imperial Stout

Receita
Volume: 40L
Peso de grãos: 14,50Kg (+ 3,5Kg Candi Sugar Dark)
OG: 1,100
SRM: 60
IBU: 50
Fervura: 90 minutos
 
Grãos:
Pale Ale Wyermann: 40 a 50%
Aveia em Flocos: 14 a 20%
Caramunich: 5 a 8%
Carafa III: 10 a 13%
Candi Sugar Dark: 15 a 20%
 
 Lupulagem:
First Wort Hopping: 28gr Challenger 7,5% A.A
90 minutos: 60gr Challenger 7,5% A.A
30 minutos: 100gr Challenger 7,5% A.A
10 minutos: 50gr Challenger 7,5% A.A
 
Fermento e extras:
Fermento S-04 (lama da produção de 40L de American Pale Ale)
Nutriente de levedura: 2 colheres.
Correção da água: Cloreto de Sódio, Bicarbonato de Sódio e Carbonato de Cálcio.
 
Brassagem:
52ºC: 10 minutos
69ºC: 100 a 120 minutos (até completar a sacarificação), para a formação de maior quantidade de dextrinas, já que o candi sugar ficou com cerca de 20% dos fermentáveis.
75ºC: mashout.

O grande diferencial desta leva será um ingrediente inusitado durante a maturação: 100ml de vodka com 30gr de Funghi Secchi, maturando há um ano. As notas da vodka são de amadeirado, defumado e tostado bastante intensos (também devido ao álcool).

Aceito depoimentos pra fechar a questão complexidade/ingredientes em uma Imperial. Os comentários estão abertos!

Flanders Red Ale

Um estilo bastante diferente: ácido, frutado intenso, funky, que nos trouxe  um grande sucesso no 2º Festival Brasileiro da Cerveja – pela sua irmã Flanders Brown Ale -, tanto sucesso que acabamos ficando sem nenhum exemplar para degustações após o Festival…

Lamentações a parte, o estilo segue a linhas bastante clássicas, apesar de que alguns exemplares hoje são “atenuados” com a adição de açúcares para complementar o caráter ácido das cervejas. Assim, a nossa será mais tradicional, mas com nosso toque, claro: não utilizaremos milho ou “maize”, que seriam os flocos/quirera, pois achamos que isso fará com que o corpo da cerveja diminua muito. Tentamos manter na linha semelhante a Rodenbach Grand Cru, a Belga mais tradicional e lembrada do estilo.

 Receita:
Volume: 45L
Peso de grãos: 9,3Kg
OG: 1,052
SRM: 13
IBU: 10
Fervura: 90 minutos
 
Grãos:
Malte Pale Ale e Munich: 60 a 80%
Malte de Trigo: 8 a 10%
Malte Caraamber: 3 a 5%
Malte Caramunich: 3 a 5%
Malte Carafa III: 1% (para correção de cor, e um leve toque amadeirado)

 

Lupulagem:
90 minutos: 17gr Saaz 2,5% A.A
60 minutos: 58gr Saaz 2,5% A.A

 

Brassagem:
40ºC: apenas para arriar os maltes, seguindo direto para a proteica.
50ºC: 10 minutos
64ºC: 30 minutos
70ºC: 60 minutos (até completar a sacarificação)
75ºC: mashout

 

Fermento e extras:
Roeselare Ale Blend da Wyeast, uma mistura de uma cepa Belga de Sacaromyces, uma cepa de Sherry, duas cepas de Brettanomyces, uma cepa de Lactobacillus e uma cepa de Pediococcus. Ou seja, um fermento multi-tarefas Belga, que produzirá uma bomba de complexidade!

Sua maturação será com lascas de carvalho, e ainda pensamos em usar novamente os barris de bálsamo e carvalho que temos guardado, mas vamos esperar acabar sua fermentação para decidirmos…aguardem!

Ficaram curiosos?

Então até o ano que vem!

Cheers!

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