Bom dia.
Estreiando no blog com meu primeiro post, posso dispensar apresentações e me focar em meu propósito: falar sobre harmonização e cervejas – assunto que, aos olhos e ouvidos dos brasileiros, parecem distantes.
Primeiramente, gostaria de me focar em harmonização. Em um processo muito básico, de raciocínio, me foco no significado básiso da palavra. Harmonizar, segundo o dicionário Houaiss, é:
Músical Compor harmonia; verbo transitivo direto Tornar harmônico;
vtd Pôr em harmonia; congraçar.
Dessa forma, é possível focar-se em sintonia, congruência, busca por simbiose. Juntando nosso outros dois elementos, cerveja e culinária, fica fácil imaginar qual a intenção.
Tradicionalmente, não se fala muito em combinar cerveja e comida no Brasil. Ao contrário, parece assunto de tio, bebum, que não sentem muito bem o gosto de nada que come. O assunto é tabu até na nouvelle cousine, onde observa-se que a maioria dos chefes comenta apenas a harmonização culinária com vinhos.
Há alguns bons motivos para utilizar cervejas em harmonizações: pode-se harmonizar complementando (IPA com queijo Rockeford) ou contrastando (Stout com ostras); cervejas leves caem muito bem com pratos leves (weizenbier com queijo brie e damascos); cervejas mais amargas “cortam” e “limpam” o paladar de pratos gordurosos (ESB e costelinhas de porco ao molho barbecue); cervejas e sobremesas fazem um ótimo par (combinando Oatmeal ou Imperial Stouts com chocolate). Fica a dica: doce e ácido são as principais características percebidas pelo paladar ao beber um vinho, enquanto o dulçor e amargor são características muito importantes da cerveja; e toda a porção anterior da lingua é responsável pelo amargor, enquanto o dulçor e acidez respondem pelas partes mais frontais, e menores.
Se o post causou-lhe curiosidade, venha prestigiar nosso evento, que será realizado no dia 5 de maio, às 20h, no Hotel Slaveiro executive, Florianópolis. Mais informações podem ser obtidas no folder (http://tinyurl.com/3zo3rdz). Durante o evento, várias características apontadas acima, de contraste, complementação e limpeza serão praticadas ao vivo!
Aguardo vocês lá.
Cheers!
Crédito imagens: 1-http://www.destaquesp.com/index.php/Gastronomia/Especial/harmonizacao-de-cervejas-e-pratos.html
2-http://marcelokatsuki.folha.blog.uol.com.br/arch2008-05-01_2008-05-31.html
Grande Diogo!!
Parabéns pela iniciativa!! A Drei Adler tem muita qualidade!
Quando li o post me veio a ideia, quem sabe a harmonização poderia envolver mais um sentido: a audição! Se combinar uma certa comida, com uma certa bebida, e uma música que combine, a experiência fica ainda mais completa!
abraços
Com certeza, Leonardo!
Não tinha imaginado este ponto de vista, mas é interessante!
E claro, considerando nosso piano bar, fica mais interessante ainda!
Abração.
Diogo.. esse ponto da audição foi comentado pelo Juliano Mendes na palestra no The Basement! Aquele pub é sensacional, envolve todos os sentidos!!!
Exato! E essa idéia tem de ser expandida mesmo, pois esta experiência multisensorial acaba por revelar outras faces da interação culinária e bebidas! Obrigado!