IV Festival Brasileiro da Cerveja – Russian Imperial Stout

Lá vamos nós para mais uma cerveja do Festival, sendo a penúltima das “planejadas”, faltando apenas a IPA para completar nossas postagens.

Russian Imperial Stout -BJCP13.F

Uma receita tradicional virada às avessas! Depois da primeira produção que ficou muitooo boa, optamos por uma segunda receita com malte defumado, que agradou a vários mas também gerou descontentamento em alguns – afinal de contas, defumado não agrada a todos. E nessa terceira receita, voltamos para o ponto de partida, mas com um pequeno emprevisto.

A base de malte ficou por conta do malte Pale Ale, em 2/3, além de 1/3 de Malte Munich. Só essa mudança já gerou muita diferença, em comparação com a base de malte Pilsen da primeira receita.

A complexidade de maltes também foi bastante reduzida. De maltes caramelizados ficamos com o Special B para notas de caramelo escuro e frutas escuras, com cerca de 5~8% da receita. De maltes torrados optamos por 7~9% de Malte Chocolate Belga. Para adicionar um pouco mais de corpo (como se precisasse…) utilizamos 4~5% de aveia.

Com sacarificação até a conversão completa do amido 65ºC por 60 minutos, e posterior parada por 15 minutos a 70ºC, geramos uma cerveja bastante fermentável.

Nibs de cacauAinda para completar, utilizamos 200gr de cacau – in natura, vindo diretamente da bahia, tostado em forno profissional –, o mesmo utilizado na nossa Chocolate Porter do ano passado, mas desta vez nos 5 minutos finais da fervura.

O amargo, tomado por baixo do estilo, cerca de 50 IBUs, através da utilização de Hallertauer Magnum e do inglês Fuggles para o aroma (cuidado, cerca de 0,5gr/L já dão um resultado bastante presente do sabor deste lúpulo).

Para complementar, durante a maturação utilizamos lascas de barril de carvalho, mas numa proporção mais baixa que da primeira receita, deixando o sabor bastante suave.

E o imprevisto foi… a atenuação, enquanto no estilo recomenda-se entre 1,018 a 1,030, obtivemos 1,012 de FG! Ainda mais se tratando do Wyeast London ESB, que é uma cepa de levedura que não possui atenuação tão alta assim – acho que desenvolvemos uma nova variedade!

Devido a baixa carbonatação, temos uma cerveja complexa, com notas de melado, ameixas, álcool, levemente floral e terrosa, com um toque suave de carvalho e chocolate no sabor. O amargor acompanha muito bem o residual maltado do Malte Pale Ale. Parece muito bem um vinho de cerveja!

Ao final, para complementar nossa carta, em um fermentador adicionamos o WLP655, o belgian sour, gerando uma verdadeira sour russian imperial stout! Quer saber como ficou? Corra, porque são poucas garrafas no festival.

Cheers!

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